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PRIMAVERA DO LESTE

Mutirão de atendimento gratuito oferecerá exames e consultas contra o câncer

Durante todo o dia, profissionais da saúde e voluntários se reunirão para oferecer consultas, exames e procedimentos fundamentais para a detecção e tratamento do câncer,

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Saúde

Foto: Assessoria

Neste sábado, 9 de novembro, um mutirão de atendimento médico gratuito será realizado em Primavera do Leste, com a coordenação do Centro de Apoio ao Combate ao Câncer (CACC). O evento, que ocorrerá no Centro de Especialidades Médicas Osvaldo Cruz, na Rua Rio de Janeiro, 601 – bairro Primavera I, terá início às 7h30 e pretende estender-se até as 20h. Durante todo o dia, profissionais da saúde e voluntários se reunirão para oferecer consultas, exames e procedimentos fundamentais para a detecção e tratamento do câncer, priorizando pacientes que aguardam atendimento há anos na fila pública.

Dr. Wilson Garcia, médico mastologista e especialista em cirurgia mamária, será um dos voluntários que atenderá gratuitamente a convite de Eunice Polla, presidente do CACC e paciente do médico há 25 anos. Dr. Wilson realizará consultas na parte da manhã e estará presente nas biópsias que ocorrerão durante a tarde.

Para o mastologista, o trabalho voluntário tem um significado profundo e é uma forma de retribuir à sociedade. “Acredito que é dever do médico, sempre que possível, oferecer seu conhecimento e cuidado a quem mais precisa, especialmente em ações como esta, que fazem a diferença na vida de tantas pessoas”, afirmou Dr. Wilson. Este será o segundo ano consecutivo que o médico atende voluntariamente em Primavera do Leste, fortalecendo sua atuação no combate ao câncer de mama no estado.

Eunice Polla, que fundou o CACC após sua própria batalha contra o câncer, destaca a relevância do mutirão para a comunidade, principalmente para as mulheres que aguardam por exames e tratamentos desde 2020. “Muitas dessas mulheres estão há anos esperando na fila do sistema público para realizar exames essenciais como biópsias e consultas especializadas. Este mutirão é uma oportunidade de proporcionar alívio e esperança a elas”, comentou Eunice. Ela ainda agradeceu a todos os voluntários envolvidos, ressaltando que sem o empenho coletivo de cada profissional, o evento não seria possível.

O mutirão é parte das ações de conscientização em continuidade ao Outubro Rosa, que visa à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, e também marca o início do Novembro Azul, voltado para a saúde do homem. Mesmo com o término do Outubro Rosa, o CACC reforça que a luta contra o câncer continua e se estende por todos os meses, buscando fortalecer a prevenção e o atendimento de qualidade para a população.

O evento é uma oportunidade essencial para quem precisa de acompanhamento médico especializado e não tem acesso facilitado pelo sistema público de saúde.

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Saúde

Imposto maior sobre os cigarros pode diminuir mortalidade infantil

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O aumento na carga tributária dos cigarros pode diminuir a mortalidade infantil e também a associação entre essas mortes e as desigualdades socioeconômicas. É o que mostra um estudo internacional, publicado na revista científica The Lancet, e que avaliou dados de 94 países de baixa e média renda, incluindo o Brasil.

Os pesquisadores ressaltam que a exposição ao tabaco, seja no útero ou de forma passiva durante a infância, causa aproximadamente 200 mil mortes anuais de crianças menores de 5 anos no mundo, apesar de ser um fato completamente evitável. 

“Como as populações de baixa renda tendem a suportar de forma desproporcional a carga da morbidade e mortalidade relacionadas ao tabaco, descobrir se as medidas de controle alcançam ou não os grupos mais vulneráveis é fundamental para reduzir as disparidades de saúde relacionadas ao tabaco” mostra o estudo.

O estudo também aponta que tanto a prevalência do tabagismo quanto a exposição de crianças à fumaça secundária costumam ser maiores entre pessoas de menor status socioeconômico. Os 94 países de baixa e média renda selecionados também respondem por 90% das mortes gerais de crianças nessa faixa etária, e concentram a maior quantidade de fumantes.

Apesar de o imposto total médio desses países ter subido de 39% para 44%, de 2008 a 2020, neste último ano apenas dez deles tinham uma alíquota igual ou superior ao mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que é 75% do valor total de varejo. Os estudiosos acreditam que, se esse nível tivesse sido alcançado por todas as nações avaliadas, mais de 281 mil mortes de crianças poderiam ter sido evitadas em 2021, sendo quase 70 mil deles entre as famílias mais pobres.

Mortalidade

Ainda assim, os dados mostram que as taxas médias de mortalidade infantil diminuíram entre 2008 e 2020 em todas as faixas de renda. Mas, mesmo em 2020, entre os mais pobres, a taxa média de mortes infantis foi de 47,6 crianças a cada mil nascidos vivos, quase o dobro dos 24 óbitos registrados na faixa de renda mais alta. 

Além disso, a queda entre os dois anos foi ligeiramente mais acentuada entre os mais ricos: 34,9% contra 33,4%.

Brasil 

O pesquisador André Szklo, do Instituto Nacional do Câncer, diz que os dados dessa nova pesquisa corroboram conclusões semelhantes resultantes de levantamentos nacionais:

“Se você implementa medidas de controle, principalmente medidas tributárias, você consegue potencializar a redução da proporção de fumantes, e automaticamente você vai evitar doenças pulmonares, cardiovasculares mas também as doenças relacionadas aos desfechos materno-infantis ou àqueles primeiros 5 anos após o nascimento. E quando você aumenta o preço do produto derivado do tabaco, você consegue atingir muito fortemente a população de baixa renda e baixa escolaridade, onde está concentrada a maior proporção de fumantes”, diz.

Entidades tributárias calculam que o Brasil já impõe uma alíquota superior ao mínimo preconizado pela OMS: cerca de 83%. Em 2024, depois de oito anos, o governo federal reajustou o preço mínimo da cartela com 20 cigarros – de R$ 5,00 para R$ 6,50 – e a alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados, de R$ 1,50 para R$ 2,25. Mas se os valores fossem corrigidos conforme a inflação oficial desse período deveriam ter sido aumentados para R$ 11,88 e R$ 3,45, respectivamente, segundo cálculo da Receita Federal.

O pesquisador do Inca destaca que o aumento da taxação em cima do preço de varejo não é suficiente para diminuir o consumo, se o preço mínimo continuar baixo, e se essa alta for inferior ao aumento do custo de vida calculado pela inflação.

“Desde 2017, o Brasil sofreu uma estagnação na política de preços e impostos. A consequência disso é que houve uma queda no preço real do cigarro. A cada ano, desde 2017 até 2024, o cigarro ficou mais barato. O cigarro convencional brasileiro é o segundo cigarro mais barato da região dos Américas e um dos mais baratos do mundo. E esses 8 anos tiveram um um impacto terrível, a gente vê uma estagnação na queda na proporção de fumantes e vê, inclusive, um aumento na proporção de fumantes entre adolescente”, ele acrescenta.

Da mesma forma, o novo imposto seletivo criado pela reforma tributária, que vai taxar de forma adicional os produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente, como o tabaco, precisa ter alíquota acima da inflação e do ganho de renda do trabalhador, para ser efetivo, defende Szklo. 

“A gente está querendo garantir que ele vai realmente desestimular o consumo e vai ser realmente reajustado anualmente, mantendo um preço mínimo, que também tem que ser reajustado acima desses padrões.”



EBC Saúde

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