REFERÊNCIA EM MT
Cermac atendeu 2,3 mil pacientes com HIV e Aids em 12 meses
Centro de Referência em Média e Alta Complexidade é uma unidade voltada para atendimento de diversas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)
Saúde

O Centro de Referência em Média e Alta Complexidade de Mato Grosso (Cermac), gerido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), realizou 2.388 consultas a pacientes com HIV e Aids e liberou 6.354 medicamentos para tratamento no período de dezembro de 2023 a novembro de 2024. O Cermac é uma unidade de referência para o atendimento de pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
A coordenadora administrativa da unidade especializada, Laysa Miranda de Faria, ressalta que o Estado tem trabalhado na implantação de diversas estratégias em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, para orientar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e ampliar a oferta de testagens rápidas para o HIV.
Para realização da testagem para o HIV, basta ir a qualquer UBS e solicitar o exame. O resultado é fornecido em menos de 30 minutos.
“Os atendimentos realizados para a identificação de pessoas com a imunodeficiência são de extrema importância para que elas recebam o tratamento e possam ter a expectativa de vida semelhante a de pessoas que não são portadoras da infecção, e também para a notificação de novos casos e o controle desses números”, explicou Laysa.
O dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra ao HIV e a Aids, marca o início da campanha “Dezembro Vermelho”, que tem como objetivo sensibilizar a população sobre a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global, bem como incentivar as pessoas infectadas pelo vírus a buscarem tratamento e quebrar estigmas.
O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico do indivíduo e enfraquece a capacidade do corpo de combater infecções e outras doenças. Quando não tratado, ele evolui para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, popularmente conhecida como Aids, estágio mais avançado da infecção e que ataca todo o sistema imunológico.
Quando tratada, a pessoa infectada alcança a carga viral indetectável e o vírus passa a ser intransmissível. O uso contínuo e adequado dos medicamentos antirretrovirais faz com que os níveis virais diminuam e, em poucos meses, se tornem indetectáveis, permitindo a recuperação do sistema imunológico.
Em Mato Grosso, segundo o Sistema de Informações e Agravos de Notificações (SINAN), foram registrados 1.165 novos casos de HIV em 2023 e 811 casos de janeiro a outubro deste ano. Em relação à Aids, foram notificados 2.008 casos em 2023 e 316 casos da doença no período de janeiro a outubro deste ano.
É válido destacar que a infecção pode ser transmitida através de relações sexuais sem proteção e pela transmissão vertical, quando ocorre a passagem do HIV da mãe para o filho(a).

Saúde
Imposto maior sobre os cigarros pode diminuir mortalidade infantil

O aumento na carga tributária dos cigarros pode diminuir a mortalidade infantil e também a associação entre essas mortes e as desigualdades socioeconômicas. É o que mostra um estudo internacional, publicado na revista científica The Lancet, e que avaliou dados de 94 países de baixa e média renda, incluindo o Brasil.
Os pesquisadores ressaltam que a exposição ao tabaco, seja no útero ou de forma passiva durante a infância, causa aproximadamente 200 mil mortes anuais de crianças menores de 5 anos no mundo, apesar de ser um fato completamente evitável.
“Como as populações de baixa renda tendem a suportar de forma desproporcional a carga da morbidade e mortalidade relacionadas ao tabaco, descobrir se as medidas de controle alcançam ou não os grupos mais vulneráveis é fundamental para reduzir as disparidades de saúde relacionadas ao tabaco” mostra o estudo.
O estudo também aponta que tanto a prevalência do tabagismo quanto a exposição de crianças à fumaça secundária costumam ser maiores entre pessoas de menor status socioeconômico. Os 94 países de baixa e média renda selecionados também respondem por 90% das mortes gerais de crianças nessa faixa etária, e concentram a maior quantidade de fumantes.
Apesar de o imposto total médio desses países ter subido de 39% para 44%, de 2008 a 2020, neste último ano apenas dez deles tinham uma alíquota igual ou superior ao mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que é 75% do valor total de varejo. Os estudiosos acreditam que, se esse nível tivesse sido alcançado por todas as nações avaliadas, mais de 281 mil mortes de crianças poderiam ter sido evitadas em 2021, sendo quase 70 mil deles entre as famílias mais pobres.
Mortalidade
Ainda assim, os dados mostram que as taxas médias de mortalidade infantil diminuíram entre 2008 e 2020 em todas as faixas de renda. Mas, mesmo em 2020, entre os mais pobres, a taxa média de mortes infantis foi de 47,6 crianças a cada mil nascidos vivos, quase o dobro dos 24 óbitos registrados na faixa de renda mais alta.
Além disso, a queda entre os dois anos foi ligeiramente mais acentuada entre os mais ricos: 34,9% contra 33,4%.
Brasil
O pesquisador André Szklo, do Instituto Nacional do Câncer, diz que os dados dessa nova pesquisa corroboram conclusões semelhantes resultantes de levantamentos nacionais:
“Se você implementa medidas de controle, principalmente medidas tributárias, você consegue potencializar a redução da proporção de fumantes, e automaticamente você vai evitar doenças pulmonares, cardiovasculares mas também as doenças relacionadas aos desfechos materno-infantis ou àqueles primeiros 5 anos após o nascimento. E quando você aumenta o preço do produto derivado do tabaco, você consegue atingir muito fortemente a população de baixa renda e baixa escolaridade, onde está concentrada a maior proporção de fumantes”, diz.
Entidades tributárias calculam que o Brasil já impõe uma alíquota superior ao mínimo preconizado pela OMS: cerca de 83%. Em 2024, depois de oito anos, o governo federal reajustou o preço mínimo da cartela com 20 cigarros – de R$ 5,00 para R$ 6,50 – e a alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados, de R$ 1,50 para R$ 2,25. Mas se os valores fossem corrigidos conforme a inflação oficial desse período deveriam ter sido aumentados para R$ 11,88 e R$ 3,45, respectivamente, segundo cálculo da Receita Federal.
O pesquisador do Inca destaca que o aumento da taxação em cima do preço de varejo não é suficiente para diminuir o consumo, se o preço mínimo continuar baixo, e se essa alta for inferior ao aumento do custo de vida calculado pela inflação.
“Desde 2017, o Brasil sofreu uma estagnação na política de preços e impostos. A consequência disso é que houve uma queda no preço real do cigarro. A cada ano, desde 2017 até 2024, o cigarro ficou mais barato. O cigarro convencional brasileiro é o segundo cigarro mais barato da região dos Américas e um dos mais baratos do mundo. E esses 8 anos tiveram um um impacto terrível, a gente vê uma estagnação na queda na proporção de fumantes e vê, inclusive, um aumento na proporção de fumantes entre adolescente”, ele acrescenta.
Da mesma forma, o novo imposto seletivo criado pela reforma tributária, que vai taxar de forma adicional os produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente, como o tabaco, precisa ter alíquota acima da inflação e do ganho de renda do trabalhador, para ser efetivo, defende Szklo.
“A gente está querendo garantir que ele vai realmente desestimular o consumo e vai ser realmente reajustado anualmente, mantendo um preço mínimo, que também tem que ser reajustado acima desses padrões.”
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