Política
TCE valida demissão de empresa investigada por irregularidades na saúde de Cuiabá
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Conteúdo/ODOC – O conselheiro Waldir Júlio Teis, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), decidiu extinguir uma representação apresentada pela empresa Family Medicina e Saúde Ltda., do ex-secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Milton Corrêa da Costa Neto. A empresa questionava a decisão da Prefeitura de encerrar seu contrato com a Empresa Cuiabana de Saúde Pública, mas o conselheiro entendeu que o vínculo contratual já não tinha validade.
O contrato em questão previa a prestação de serviços médicos na enfermaria pediátrica do Hospital Municipal de Cuiabá Dr. Leony Palma de Carvalho. No entanto, segundo a Prefeitura, o acordo havia expirado desde março de 2023, e os serviços continuavam a ser prestados de forma indenizatória.
A empresa alegou que a notificação extrajudicial enviada pela gestão municipal não teria o poder de interromper os serviços sem um prazo mínimo de 30 dias, conforme previsto no contrato. Também afirmou que a manutenção da assistência médica era essencial para evitar prejuízos à população e que já havia escalado profissionais até o fim de fevereiro de 2025.
Na decisão, Waldir Teis não acatou os argumentos da empresa. Ele destacou que contratos administrativos não têm efeito após seu encerramento e que a continuidade dos serviços sem um novo contrato gera apenas o direito ao pagamento indenizatório, para evitar enriquecimento ilícito por parte da administração pública.
Além disso, o conselheiro frisou que a substituição da empresa não trouxe impacto negativo à prestação do serviço, uma vez que os atendimentos passaram a ser realizados por médicos da própria Empresa Cuiabana de Saúde Pública e outros profissionais devidamente qualificados. Assim, entendeu que não havia irregularidade na decisão da Prefeitura.
Diante desse cenário, o TCE concluiu que a representação da Family Medicina e Saúde não preenchia os requisitos necessários para seu prosseguimento e extinguiu a ação.
Investigação por irregularidades
A empresa Family Medicina e Saúde Ltda. está sob investigação do Ministério Público Federal no âmbito da Operação Overpriced, que apura suposto superfaturamento na compra de medicamentos sem eficácia comprovada para o combate à Covid-19, como a Ivermectina.
Além disso, seu proprietário, Milton Corrêa da Costa Neto, foi alvo da Operação Curare, que investiga um esquema de desvio de aproximadamente R$ 3 milhões em recursos públicos. Ele é suspeito de envolvimento em crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

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Assembleia promulga decreto legislativo e suspende convênio do Estado com empresa de empréstimos

Decreto legislativo que susta os efeitos do convênio do governo do estado que autorizou a empresa Capital Consig a realizar consignações em folha de pagamento foi publicado na edição desta segunda-feira (7) do Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Veja aqui a íntegra do Decreto Legislativo nº 78/2025.
O texto foi aprovado durante sessão plenária realizada na semana passada e diz respeito ao Convênio nº 030/2022/SEPLAG/MT, publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso nº 28.285, de 13 de julho de 2022, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag/MT). Com a publicação, a medida de autoria dos deputados Wilson Santos (PSD), Júlio Campos (União) e Max Russi (PSB), entra em vigor.
A financeira alvo do decreto está no centro de denúncias de fraudes e falta de transparência em contratos de empréstimos consignados feitos junto a servidores do estado. Nesse tipo de operação, as parcelas devidas para quitar a dívida são descontadas diretamente do salário dos funcionários e o valor é repassado para a empresa credora.
Os trabalhos para enfrentar a questão do superendividamento dos servidores de Mato Grosso incluem esforços da Mesa Técnica instalada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) no fim de maio. A ALMT é um dos órgãos externos participantes do grupo, em que foi determinado um cadastro obrigatório em nova plataforma do TCE das empresas de crédito consignado para servidores públicos de Mato Grosso.
A empresa Capital Consig Sociedade de Crédito Direto S.A é a terceira com o maior volume recebido de consignação, depois do Banco do Brasil e do Santander. O crescimento da financeira foi de mais de 4.500.000% (4,5 milhões) do 2º quadrimestre de 2022 ao 1º quadrimestre de 2025, de acordo com levantamento do TCE.
Segundo o Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), numa auditoria de 60 contratos com a financeira, foram encontradas informações não correspondentes com as autorizadas pelo servidor em todos os casos. São exemplo das irregularidades a cobrança de dívida maior que o empréstimo efetivamente concedido e a cobrança de um número maior de parcelas que o acordado entre as partes. Ainda há casos de comprometimento do salário superior que o permitido.
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