terminou no dia 3 de setembro
Emanuel Pinheiro deixa passar prazo e não firma empréstimo de R$ 139 milhões
O empréstimo havia sido autorizado pela Lei Complementar Municipal nº 546/2024, aprovada pela Câmara Municipal de Cuiabá julho deste ano
Política

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou, que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) não permite mais a realização do empréstimo de R$ 139 milhões. Em entrevista à imprensa, na manhã da última terça-feira (05), ele explicou que o prazo para obter o valor desejado terminou no dia 3 de setembro, e, por isso, o contrato não foi assinado a tempo. O empréstimo havia sido autorizado pela Lei Complementar Municipal nº 546/2024, aprovada pela Câmara Municipal de Cuiabá julho deste ano.
“A lei de responsabilidade fiscal determina que no último quadrimestre o prefeito não pode assinar nenhum contrato que venha a implicar em despesas para o seu sucessor. Ou seja, eu tinha até 3 de setembro para assinar. Passou 3 de setembro, eu não assinei”, explicou Emanuel.
De acordo com Emanuel Pinheiro, os recursos do empréstimo seriam utilizados para concluir obras públicas iniciadas em gestão. Ele detalhou que a verba seria dividida da seguinte forma: R$ 50 milhões para a finalização da Avenida Contorno Leste, R$ 9,5 milhões para o recapeamento asfáltico, R$ 4,5 milhões para a revitalização do Mercado do Porto e R$ 75 milhões para a implementação de usinas fotovoltaicas.
“Essa decisão, para mim, não vai afetar em nada o Emanuel Pinheiro. Vai afetar Cuiabá. Vai afetar a gestão do prefeito eleito, Abílio Brunini, coisa que eu não gostaria”, ressaltou.
Sobre as especulações de que a Prefeitura estaria endividada, Emanuel classificou essas informações como fake news. O prefeito garantiu que a gestão está dentro dos limites estipulados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e, em sua avaliação, a situação financeira do município é melhor do que a de muitas capitais brasileiras.
Há pouco tempo Abílio havia afirmado, com base em informações recebidas, que a Prefeitura de Cuiabá enfrentava um déficit orçamentário. Por conta disso, ele solicitou aos vereadores que adiassem a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, temendo a possibilidade de uma pedalada fiscal no município.
Em relação a essas declarações, Emanuel afirmou que o débito mencionado não tem relação com a gestão atual. Segundo ele, as dívidas da Prefeitura se referem a precatórios e obrigações a longo prazo, e a responsabilidade por esses débitos deve ser atribuída às gestões anteriores, começando pela administração do ex-prefeito Chico Galindo.
“Não tem nada a ver com a gestão atual. R$ 700 milhões é só de precatórios, R$600 milhões é de dívida a longo prazo. Ou seja, que vem de Chico Galindo até hoje. Então, existe muita maldade, muita falácia”, assegurou o prefeito.

Política
TCE vai apurar endividamento de servidores com consignados e 40 empresas entram na mira

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, anunciou nesta quarta-feira (21) a instalação de uma mesa técnica para discutir o superendividamento do funcionalismo público estadual.
O encontro será realizado na próxima segunda-feira (26), às 14h30, no auditório da Escola Superior de Contas, com a presença de deputados, representantes do Governo do Estado e sindicatos.
“Quando o cidadão chega a ter 99% do seu salário comprometido, quando o aposentado trabalhou a vida inteira e está recebendo R$ 14,67 pelos próximos 10 anos, a situação chegou ao estado de insustentabilidade. É inadmissível. Então, o que se busca não é culpar ninguém, não é penitenciar ninguém. É salvar o servidor público da situação em que ele se encontra hoje, porque não tem mais para onde ir”, afirmou Sérgio Ricardo.
O tema já vem sendo tratado pelo presidente, que, na sessão ordinária de terça-feira (20), aprovou a sugestão da mesa técnica apresentada pelo vice-presidente, conselheiro Guilherme Antonio Maluf. A iniciativa foi motivada por uma série de denúncias de irregularidades na cobrança de empréstimos consignados, que comprometem até 60% da remuneração dos servidores.
Sérgio Ricardo lembrou ainda que o Tribunal solicitou ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), um relatório detalhado sobre os empréstimos consignados, que já foi entregue pelo Executivo.
“Solicitamos o nome completo de cada servidor, o número de servidores com consignados, o valor total desses empréstimos, quanto cada um paga por mês e quantas empresas estão operando. Já recebemos esse relatório, que tem mais de 4 mil páginas, e estamos estudando os dados para discutir com profundidade”, disse.
Ao propor a mesa técnica, Maluf destacou que o Estado só pode descontar até 35% do salário para cobrir as parcelas contratadas e que as denúncias incluem descumprimento dessa norma prevista na legislação, além da existência de contratos sem assinatura e ausência de canais formais de reclamação. Ele também chamou atenção para a oferta agressiva de crédito por parte das financeiras.
“São quase 40 instituições ofertando crédito e o servidor muitas vezes não sabe nem quanto deve, quando contratou ou qual foi a taxa de juros. A pessoa endividada perde o controle da vida financeira, não sabe mais para onde recorrer, entra em desespero”, afirmou.
Diante disso, a mesa técnica buscará uma solução consensual para a o problema. “O que vem acontecendo hoje é uma situação de descontrole que está sendo ignorada há anos, e que precisa ser enfrentada com responsabilidade. O objetivo da mesa é criar normas claras, garantir educação financeira aos servidores e estabelecer mecanismos que coíbam os abusos que estão sendo cometidos hoje”, pontuou Maluf.
Durante o debate, o conselheiro Waldir Teis sugeriu que a mesa avalie o uso dos fundos previdenciários como alternativa ao crédito convencional, com juros mais baixos. “É uma alternativa interessante, porque, nesse caso, o servidor estaria emprestando para si mesmo, dentro de um sistema mais transparente e com retorno para o próprio fundo. A mesa técnica pode estudar esse modelo e avaliar sua viabilidade aqui em Mato Grosso.”
Já o conselheiro Valter Albano, que preside a Comissão Permanente de Normas, Jurisprudência e Consensualismo (CPNJur), responsável pelas mesas técnicas, alertou para o impacto direto sobre aposentados e pensionistas, que muitas vezes são induzidos a contratar sem compreender as condições. “Essa é uma situação gravíssima. Tem casos em que o pensionista contratou a operação com um clique, o dinheiro entrou na conta e depois que o valor foi depositado, ele não sabia nem explicar como aquilo tinha ocorrido”, afirmou.
A estrutura da mesa técnica deverá contar com a participação de entidades bancárias, Assembleia Legislativa (ALMT), Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), entidades sindicais e instituições financeiras credenciadas. O objetivo é que, a partir do consenso, seja possível propor mecanismos de controle e orientação para os entes públicos, com foco na fiscalização preventiva.
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