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Polícia indicia três por latrocínio, extorsão e associação criminosa contra motoristas de aplicativos

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A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá concluiu nesta quinta-feira (25.04) o inquérito policial sobre o latrocínio de três motoristas de transporte por aplicativo e indiciou três adultos pelos crimes de roubo seguido de morte, extorsão qualificada, associação criminosa majorada, corrupção de menores e ocultação de cadáver.

Dois adolescentes que também participaram dos latrocínios responderão pelos atos infracionais em procedimento específico instaurado na Delegacia Especializada do Adolescente de Cuiabá.

O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário e Ministério Público Estadual para prosseguimento da persecução penal. Dois adultos estão presos e dois adolescentes apreendidos, sendo que três deles foram detidos em flagrante pela Polícia Civil durante as investigações para esclarecer o paradeiros dos motoristas que foram mortos entres os dias 11 e 15 de abril.

Na avaliação da equipe da DHPP que apurou os crimes, os investigados deixaram claro, durante os interrogatórios, que não parariam de executar outras pessoas e que o objetivo, além de ficar com o bem subtraído, era matar, independente se as vítimas reagissem ou não.

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O ‘desejo de matar’ foi atribuído por um dos autores pelos crimes após cometer um assalto, no ano passado no estado do Acre, junto com um irmão que acabou morto na ocorrência e o menor atingido com um disparo no tórax, que o deixou com lesões. Após esse crime, ele relatou que ficou com vontade de se vingar.

Desaparecimentos e prisões

As investigações da DHPP iniciaram na manhã do dia 13 de abril, após a equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas receber informações sobre o desaparecimento da primeira vítima, Elizeu Coelho. Entre a noite de sábado (13) e a manhã desta segunda (15.04), a equipe do Núcleo de Desaparecidos recebeu a comunicação do desaparecimento de outros dois motoristas de aplicativos, Nilson Nogueira e Márcio Rogério Carneiro.

Na noite desta segunda-feira (15.04), após diversas diligências, a delegacia especializada prendeu três autores do latrocínio. Foram detidos em flagrante um adulto de 20 anos e dois adolescentes, de 15 e 17 anos. Leia mais aqui

Os corpos de Márcio Rogério Carneiro, 34 anos e Elizeu Rosa Coelho, 58 anos foram localizados no bairro Jardim Petrópolis e em um lixão próximo do Capão do Pequi, ambos em Várzea Grande. Já o corpo de Nilson Nogueira, de 42 anos, foi localizado na manhã do dia 16 de abril, em uma área no distrito de Bonsucesso, na mesma cidade.

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Condutas criminosas

A DHPP coletou informações, provas testemunhais e periciais que embasaram o inquérito e auxiliaram no esclarecimento dos crimes e na definição da conduta de cada um dos envolvidos. De acordo com o delegado Maurício Maciel Pereira, que participou das investigações, os cinco autores tinham vínculos de amizade e todos se ajustaram previamente para cometer os crimes contra os motoristas de aplicativo.

“Ainda que houvesse certa alternância dos suspeitos, foi demonstrado que todos tinham conhecimento de todas as ações do grupo. As vítimas eram atraídas por solicitações de corridas feitas pela mulher presa e por um dos adolescentes que usou o celular de sua mãe”, explicou o delegado, acrescentando que após serem rendidas, as vítimas foram agredidas e obrigadas a informar senha bancária de suas contas, com as quais os indiciados realizaram saques e compras.

A investigação apontou que todas as corridas que terminaram com as mortes das vítimas Márcio, Elizeu e Nilson foram solicitadas da região do bairro Cristo Rei e tiveram como destino final o bairro Cohab Primavera, ambos em Várzea Grande. Depois de executar as vítimas com pauladas, faca e canivete, e deixar os corpos em pontos distantes da cidade de Várzea Grande, o grupo escondeu os veículos roubados com o fim de “esfriar”, para que posteriormente pudesse repassá-los à frente.

A investigação apontou ainda que a mulher presa tinha relação afetiva com um dos adolescentes , um dos principais executores das ações, que relatou ainda que ela tinha conhecimento prévio dos roubos e das mortes das vítimas e que ela era quem conseguiria os receptadores para os veículos roubados.

Frieza e crueldade

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Durante interrogatórios, o adulto de 20 anos e os dois adolescentes de 15 anos alegaram que a intenção era roubar para ‘levantar um dinheiro’ e que os veículos não tinham destinação específica. O adulto declarou ainda que desde que conheceu os dois adolescentes, os três passaram a tramar os roubos a motoristas de aplicativos para levar os veículos e vendê-los com a intenção de comprar armas de fogo.

Durante o roubo à primeira vítima executada, um deles relatou friamente que ao pedir a senha do banco e a vítima negar, passaram a agredir o motorista e ao retirá-lo do carro, um dos adolescentes desferiu os golpes de faca.

Outro adolescente, que assumiu os crimes, contou que conheceu os ‘companheiros’ há dois meses na praça central do Cristo Rei, e se mudou para Várzea Grande vindo de Rio Branco (AC) após seu irmão mais velho ser morto em um assalto, quando ambos tentaram roubar um mercado e o proprietário reagiu.

Ele disse ainda que em todas as abordagens foram de cara limpa. E quando foram abordar o motorista que estava com o Uno prata, ele levou consigo uma faca, pois estava com ‘vontade de matar uma pessoa para que assim pudesse ‘vingar a morte do seu irmão’ e que a vítima chegou a implorar para que não a matasse.

A uma das vítimas, eles chegaram a dizer que o motorista podia ‘ficar de boa, pois seria liberado’. Contudo, assim que mandaram a vítima sair do carro, um dos adolescentes desferiu uma facada nas costas do motorista e depois deu outros golpes e mesmo depois de ver que a vítima morreu, ele continuou desferindo os golpes.

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O delegado Nilson André Farias, que também conduziu as investigações, destacou que o trio não pretendia parar com as ações criminosas.

Nós consideramos esse trio verdadeiros ‘serial killers’, porque eles deixaram claro que não parariam e que o objetivo, além de ficar com o bem, era matar a vítima, independente se ela reagisse ou não. Eles tentaram fazer uma primeira vítima, que sobreviveu, da mesma forma com que concluíram as mortes dos outros três motoristas, com a mesma similaridade e modo de execução. Eles praticaram o primeiro crime e deu certo, e seguiram com as demais mortes. Dessa forma, na segunda-feira eles tinham a intenção de continuar com a ação criminosa, como deixaram claro nos interrogatórios”, observou o delegado.

O terceiro adulto identificado também como autor dos latrocínios teve a prisão preventiva decretada e continua sendo procurado pela Polícia Civil.

“Foi um desfecho extremamente triste e deixa a todos chocados, não apenas a sociedade, mas a nós policiais também. Mas o empenho de toda a equipe da DHPP resultou na apreensão e prisões dos responsáveis e demos uma resposta sobre os fatos lamentavelmente ocorridos. Não é o que esperávamos, queríamos encontrar as vítimas com vida, mas estamos com a sensação de dever cumprido ao chegar à responsabilização dos autores”, pontuou o delegado Olímpio da Cunha Fernandes Jr.





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A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, e a Polícia Civil de Goiás, cumprem na manhã desta quinta-feira (22), ordens judiciais na operação Broker Phantom, deflagrada com objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em estelionato e lavagem de dinheiro, com atuação em âmbito nacional. 

As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (GREF/DEIC) da Polícia Civil de Goiás, resultando em 157 ordens judiciais, que são cumpridas nos estados de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. A operação reúne mais de 400 policiais dos quatro estados. 

Ao todo são cumpridos 78 mandados de busca e apreensão domiciliar, 59 mandados de prisão temporária, 18 mandados de prisão preventiva, além de quebras de sigilos telemáticos e telefônicos, e sequestro de bens até o limite do valor do prejuízo estimado.

Em Mato Grosso,  são cumpridas 74 ordens judiciais, sendo 37 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Diamantino e São José do Rio Claro.

As investigações revelaram um esquema complexo baseado em “engenharia social” e na utilização de plataformas de comércio eletrônico para prática de estelionato, principalmente o conhecido como “golpe do intermediário”. 

Foi verificado que o grupo criminoso criou pelo menos 144 anúncios falsos, por meio de mais de 40 contas, utilizando perfis falsos e manipulando as vítimas para que realizassem transferências de valores para contas de terceiros, geralmente “laranjas”. O prejuízo estimado causado por essa organização criminosa é de quase dois milhões de reais.

As investigações prosseguem com a análise do material apreendido e dos dados obtidos com as quebras de sigilo, visando identificar outros possíveis integrantes da rede criminosa, detalhar a participação de cada envolvido e buscar a recuperação dos valores subtraídos das vítimas.



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