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Opinião

Um laço de amor que transforma vidas

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Neste 25 de maio, Dia Nacional da Adoção, a emoção me invade e a gratidão transborda. É uma data que ecoa profundamente em minha alma, um convite à reflexão sobre a beleza e a urgência de um ato tão sublime quanto a adoção.

Um gesto que redefine os contornos da família, transformando vidas de maneira extraordinária.

Minha história pessoal se entrelaça intrinsecamente com a adoção. Fui agraciada com o amor incondicional da minha saudosa mãe, Euridice, que me acolheu em seu coração através da adoção.

Ela me ensinou que família não se define por laços sanguíneos, mas sim pela conexão profunda que se estabelece no convívio, no cuidado, no respeito e, acima de tudo, no amor incondicional. Sua generosidade e dedicação foram a bússola que me guiaram e continuam a me inspirar em cada passo da minha jornada.

E seguindo o exemplo luminoso da minha mãe, a vida me abençoou com a maternidade da minha amada filha, Maria Luiza. Sua chegada trouxe uma luz ainda mais intensa ao nosso lar, confirmando a crença inabalável de que o amor é o alicerce fundamental de qualquer família. A maternidade, para mim, é a confirmação diária de que os laços construídos no amor são os mais fortes e duradouros.

Como madrinha efetiva da Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), sinto-me honrada em fazer parte de uma rede de pessoas dedicadas e apaixonadas que se empenham em divulgar, orientar e fornecer informações cruciais sobre o processo de adoção.

A Ampara é um farol de esperança que ilumina o caminho para aqueles que sonham em construir uma família através do amor, oferecendo suporte e apoio em cada etapa dessa jornada.

Acredito firmemente que a adoção é um presente divino, uma oportunidade ímpar de vivenciar a verdadeira essência da família. É um laço que transcende as limitações do sangue e do DNA, construído tijolo a tijolo no cotidiano, na partilha de momentos, na construção de memórias afetivas e, acima de tudo, no amor incondicional que nutre e fortalece os vínculos.

Neste Dia Nacional da Adoção, estendo um convite sincero e urgente a todos: abram seus corações para acolher e amar, da mesma forma que Deus nos acolhe e nos ama incondicionalmente.

Que possamos, juntos, construir uma sociedade mais justa, solidária e compassiva, onde cada criança e adolescente tenha a oportunidade de crescer em um ambiente seguro, amado e feliz, onde seus direitos sejam respeitados e suas necessidades atendidas.

Não podemos nos esquecer que, por trás dos números e estatísticas, existem histórias de vidas que anseiam por um lar, por uma família que os ame e os proteja. A adoção é um ato de transformação, um ato de coragem, um ato de amor que pode mudar o curso de uma vida e preencher um vazio no coração de uma criança ou adolescente.

Que a celebração desta data sirva de inspiração para que mais famílias se sintam tocadas e abram seus corações para a adoção. Que possamos, juntos, desmistificar preconceitos, quebrar barreiras e construir um futuro mais promissor para as nossas crianças e adolescentes, oferecendo-lhes a oportunidade de crescer e se desenvolver em um ambiente familiar saudável e acolhedor.

A adoção não é apenas um ato legal, é um ato de amor que transforma vidas, constrói famílias e enriquece a sociedade. É um legado de amor que perpetua a esperança e a fé em um futuro melhor para todos. Que possamos, juntos, fazer a diferença na vida de uma criança ou adolescente, oferecendo-lhes a oportunidade de serem amados, cuidados e protegidos.

Virginia Mendes é primeira-dama de Mato Grosso, Madrinha da Ampara e defensora incansável da causa da adoção



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A consciência que atravessa a vida

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Durante séculos, imaginamos a consciência como uma exclusividade humana — uma espécie de privilégio da linguagem, do pensamento simbólico e da razão. No entanto, a ciência contemporânea tem nos conduzido a uma visão mais ampla e, ao mesmo tempo, mais humilde: a consciência não começa em nós. Ela nos atravessa, mas não nos pertence.

Bactérias se comunicam entre si por sinais químicos. Fungos constroem redes subterrâneas de cooperação e troca de nutrientes, verdadeiras arquiteturas vivas de inteligência distribuída. Plantas reagem a estímulos, registram experiências e se adaptam com uma complexidade que a ciência ainda decifra. Animais, especialmente os vertebrados, manifestam dor, empatia, vínculos e estratégias — sinais inequívocos de interioridade e sensibilidade.

A consciência, portanto, não irrompe de repente com o Homo sapiens. Ela é um processo contínuo que acompanha a história da vida. Mesmo os organismos mais primitivos exibem formas de percepção e resposta que desafiam nossa ideia de superioridade. A vida, em todos os seus níveis, sente. A consciência, nesse contexto, pode ser compreendida como o grau de integração entre corpo, meio e experiência.

Aceitar essa perspectiva é também reformular nossa ética. Se a consciência não é um ponto fixo, mas um campo gradativo de experiências, então toda a vida importa. Não apenas pela sua função ecológica ou valor utilitário, mas pela sua dignidade intrínseca. Cada ser vivo, por mais simples que pareça, carrega consigo uma forma de estar no mundo — e, portanto, merece respeito.

Esse reconhecimento é o alicerce de uma ecologia profunda: aquela que enxerga a natureza não como cenário, mas como sujeito. Não como recurso, mas como rede viva de significados. O ser humano, com toda sua sofisticação cognitiva, não está acima dessa rede, mas dentro dela. Somos continuidade, não exceção.

Ao ampliarmos nossa noção de consciência, ampliamos também a possibilidade de pertencimento. A consciência é, antes de tudo, um elo. Um princípio de conexão entre o sentir da pele, o pulsar da seiva, o movimento da asa e o olhar humano. Honrar essa interligação é o primeiro passo para uma nova ética da vida — mais sensível, mais justa e mais verdadeira.

Luiz Hugo Queiroz é jornalista, especialista em Marketing Político, estudioso em Inteligência Artificial e amante da cultura, o que o leva a dirigir a maior mostra de arquitetura, arte, design, interiores e paisagismo das américas em Mato Grosso, a CASACOR



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