Opinião
Tudo ao seu tempo
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Envelhecer é inevitável, mas amadurecer é uma escolha. Entender os ciclos da vida pode nos tornar mais leves, mais sábios e, principalmente, mais felizes.
Vivemos correndo. Na tentativa de controlar o tempo, acumulamos metas, tarefas, expectativas e frustrações. Mas uma verdade silenciosa insiste em nos lembrar: tudo tem o seu tempo — e ele não espera por ninguém.
A vida é feita de etapas. E cada aniversário marca o fim de um ciclo e o início de outro. Saber aceitar essas transições é o que diferencia a angústia da sabedoria. Quando resistimos às mudanças naturais da idade, sofremos. Mas quando compreendemos que cada fase tem sua beleza e propósito, ganhamos leveza.
O corpo, com o tempo, enfraquece. A pele perde a elasticidade, os reflexos diminuem, a memória pode falhar. Mas a alma, essa sim, pode se fortalecer. A experiência vivida não é perda — é capital humano, é o nosso legado emocional.
O erro de muitos é tentar combater os sinais do tempo como se fossem inimigos. Investem fortunas no físico e se esquecem de nutrir o que realmente importa: a essência. Na academia da alma, os maiores resultados vêm da fé, da generosidade, da capacidade de aprender com os próprios passos e tropeços.
Reclamar daquilo que pode ser transformado, sem agir, é desperdiçar o que a vida oferece de mais valioso: oportunidade. E ela, como o tempo, não costuma esperar.
A grande verdade é simples e poderosa: envelhecer não é o fim, é apenas mais uma curva no caminho. E não há razão para temê-la, se aprendermos a viver com propósito, com presença e com gratidão.
Afinal, tudo ao seu tempo — e o tempo não para.
Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas. Fale com o Autor: [email protected]

Opinião
A consciência que atravessa a vida
Durante séculos, imaginamos a consciência como uma exclusividade humana — uma espécie de privilégio da linguagem, do pensamento simbólico e da razão. No entanto, a ciência contemporânea tem nos conduzido a uma visão mais ampla e, ao mesmo tempo, mais humilde: a consciência não começa em nós. Ela nos atravessa, mas não nos pertence.
Bactérias se comunicam entre si por sinais químicos. Fungos constroem redes subterrâneas de cooperação e troca de nutrientes, verdadeiras arquiteturas vivas de inteligência distribuída. Plantas reagem a estímulos, registram experiências e se adaptam com uma complexidade que a ciência ainda decifra. Animais, especialmente os vertebrados, manifestam dor, empatia, vínculos e estratégias — sinais inequívocos de interioridade e sensibilidade.
A consciência, portanto, não irrompe de repente com o Homo sapiens. Ela é um processo contínuo que acompanha a história da vida. Mesmo os organismos mais primitivos exibem formas de percepção e resposta que desafiam nossa ideia de superioridade. A vida, em todos os seus níveis, sente. A consciência, nesse contexto, pode ser compreendida como o grau de integração entre corpo, meio e experiência.
Aceitar essa perspectiva é também reformular nossa ética. Se a consciência não é um ponto fixo, mas um campo gradativo de experiências, então toda a vida importa. Não apenas pela sua função ecológica ou valor utilitário, mas pela sua dignidade intrínseca. Cada ser vivo, por mais simples que pareça, carrega consigo uma forma de estar no mundo — e, portanto, merece respeito.
Esse reconhecimento é o alicerce de uma ecologia profunda: aquela que enxerga a natureza não como cenário, mas como sujeito. Não como recurso, mas como rede viva de significados. O ser humano, com toda sua sofisticação cognitiva, não está acima dessa rede, mas dentro dela. Somos continuidade, não exceção.
Ao ampliarmos nossa noção de consciência, ampliamos também a possibilidade de pertencimento. A consciência é, antes de tudo, um elo. Um princípio de conexão entre o sentir da pele, o pulsar da seiva, o movimento da asa e o olhar humano. Honrar essa interligação é o primeiro passo para uma nova ética da vida — mais sensível, mais justa e mais verdadeira.
Luiz Hugo Queiroz é jornalista, especialista em Marketing Político, estudioso em Inteligência Artificial e amante da cultura, o que o leva a dirigir a maior mostra de arquitetura, arte, design, interiores e paisagismo das américas em Mato Grosso, a CASACOR
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