Opinião
O papel do ultrassom na gravidez na adolescência
Opinião

A gravidez na adolescência é uma situação complexa que envolve desafios físicos, emocionais e sociais, exigindo atenção especial para garantir a saúde da mãe e do bebê. Dentro desse contexto, o ultrassom desempenha um papel fundamental no acompanhamento pré-natal, permitindo a monitorização do desenvolvimento fetal e a detecção precoce de possíveis complicações.
A realização do ultrassom é essencial para avaliar o crescimento do feto, a localização da placenta, a quantidade de líquido amniótico e as condições gerais do útero. Além disso, esse exame auxilia na identificação de gestações de alto risco, como a gestação ectópica e a pré-eclâmpsia, permitindo uma intervenção médica precoce e adequada.
Adolescentes grávidas frequentemente enfrentam barreiras no acesso ao pré-natal, seja por falta de informação, apoio familiar ou dificuldades socioeconômicas. O ultrassom, por ser um exame não invasivo e acessível, torna-se um importante aliado no incentivo ao acompanhamento pré-natal regular, proporcionando segurança e confiabilidade tanto para a gestante quanto para os profissionais de saúde.
O ultrassom permite acompanhar a evolução da gestação de forma detalhada, possibilitando a detecção de anomalias congênitas e a avaliação da vitalidade fetal. A identificação precoce de complicações possibilita a adoção de estratégias preventivas, reduzindo os riscos de complicações obstétricas e neonatais. Para a adolescente, esse exame também tem um impacto emocional positivo, pois proporciona maior compreensão sobre a gestação e fortalece o vínculo com o bebê.
O ultrassom tem um papel crucial na assistência à gravidez na adolescência, permitindo uma avaliação detalhada do desenvolvimento fetal e garantindo a detecção precoce de complicações. Seu uso regular contribui significativamente para um pré-natal mais seguro e eficaz, promovendo um melhor desfecho para a mãe e o bebê. Dessa forma, investir no acesso a esse exame é essencial para garantir um acompanhamento adequado e minimizar riscos, assegurando um futuro mais saudável para ambos.
Dra. Adriana Costa é médica radiologista, especialista em radiologia pediátrica, integra as equipes do Hospital do Câncer, Idapi e Cadim

Opinião
13 de maio – uma data para comemorar e refletir

Neste dia 13 de maio, 23 das 142 cidades de Mato Grosso comemoram aniversário de fundação. Mas você sabe por que essa data foi escolhida para celebrar a criação de tantos municípios do nosso Estado?
O dia 13 de maio foi escolhido porque essa data tem um peso histórico: representa o fim da escravidão no Brasil em 1888 através da Lei Áurea. A legislação acabou legalmente com o sistema escravista que ocorreu por quase 400 anos no país desde a invasão europeia em 1500.
Ocorre que Mato Grosso e o país estavam se reorganizando na década de 1970. Nessa esteira, o Estado também passou a contar com novas cidades: em 13 de maio de 1976, foram criadas São Félix do Araguaia, Pedra Preta e Tangará da Serra.
Em 1986, foram criadas de uma só vez as cidades de Campinápolis, Cocalinho, Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Terra Nova do Norte, Itaúba, Vera, Nova Canaã do Norte, Peixoto de Azevedo, Marcelândia, Sorriso, Nova Olímpia, Indiavaí, Comodoro, Porto Espiridião, Reserva do Cabaçal, Primavera do Leste, Novo São Joaquim e Alto Taquari.
Também em 1986 foram emancipados Guarantã do Norte, Figueirópolis D’Oeste, Paranaíta e Araguaiana, o que subiria para 27 o número de municípios criados no Estado no dia 13 de maio. Essas cidades, porém, comemoram aniversário em outras datas.
Esse dia 13 de maio, portanto, é realmente uma data para comemorar. Mais que isso: é uma data para refletir sobre o fim da escravidão e o futuro das nossas cidades.
O fim da escravidão foi um dos eventos mais significativos da história do país. No entanto, esse processo foi lento, complexo, tardio e marcado por resistências, lutas sociais e pressões internacionais.
A Lei Áurea sucedeu várias tentativas de se inibir o sistema escravista, como a Lei Eusébio de Queiroz, Lei do Ventre Libre e Lei dos Sexagenários. Os anos de escravidão, no entanto, ainda se refletem no racismo estrutural que marca o Brasil. Isso porque tivemos o que muitos historiados consideram como uma abolição incompleta, que resulta em exclusão social, desigualdade e falta de reparação.
Refletir sobre isso é importante, inclusive quando se usa a data para celebrar o aniversário de fundação das nossas cidades. Esses municípios têm o desafio de se consolidarem cada vez mais do ponto de vista econômico e social. Isso porque a criação desenfreada poderia problemas como crise fiscal, falta de estrutura administrativa, corrupção, clientelismo e conflitos territoriais.
Felizmente, não foi isso que ocorreu em Mato Grosso. Temos cidades prósperas que justificam o reordenamento territorial verificado, demonstrando que suas criações foram legítimas e necessárias. Por isso, parabéns a todos esses municípios.
Allan Kardec é secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso, 1º vice-presidente nacional do Consecti, doutor pela UFMT, membro da Academia Mato-grossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso
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