Opinião
26 de Maio, Dia Nacional de combate ao glaucoma
Opinião

O glaucoma é uma doença oftalmológica, silenciosa e que leva a perda do campo visual de forma lenta, progressiva e assintomática; quando a pressão intra-ocular alta e não tratada, causa lesão definitiva do nervo óptico, podendo evoluir para cegueira de forma irreversível, sendo o glaucoma, portanto, a maior causa de cegueira evitável no mundo.
Fazem parte dos grupos de risco pessoas acima de 40 anos, com histórico familiar de glaucoma mas também em pessoas portadores de diabetes, hipertensão sistêmica, pessoas da raça negra ou asiáticos, miopia elevada ou ainda pacientes usuários de corticóides por longo prazo. Além de outros tipos de glaucoma causados por outras doenças sistêmicas, traumas oculares ou forma congênita.
O glaucoma se desenvolve quando a pressão intra-ocular elevada por longos períodos, por problemas em sua drenagem ocular( escoamento do humor aquoso), lesa as fibras do nervo óptico( que leva a informação visual ao cérebro) de forma irreversível causando uma perda do campo visual, inicialmente periférica e avançando para o campo de visão central, por isso é uma doença que só é percebida, ou seja, só aparecem os sintomas da perda da visão quando já em estágio avançada, o que reforça sua necessidade de exames oftalmológicos preventivos e regulares.
No Brasil, estima-se que entre 1,7 milhão e 2,5 milhões de pessoas convivam com o glaucoma, uma condição que afeta principalmente indivíduos acima dos 40 anos. A prevalência da doença na população brasileira nessa faixa etária varia de 2% a 3%, aumentando significativamente com a idade: cerca de 4% entre os que têm mais de 40 anos e entre 15% a 20% entre os que têm mais de 75 anos.
O tratamento em fase inicial é realizado com colírios ou laser e tem por objetivo baixar a pressão no olho e mantê-la sob controle adequado. Em casos mais avançados, pode ser necessário realização de cirurgia para melhor controle da pressão e evitar progressão do dano ao nervo óptico. Ou seja, o glaucoma é uma doença que não tem cura, mas tem controle, por isso a importância de diagnósticos e tratamento precoce e, acima de tudo, fidelização ao tratamento e acompanhamento regular com médico oftalmologista.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Sociedade Brasileira de Glaucoma, bem como a Associação Mato-grossense de Oftalmologia, reforçam a importância da divulgação dessa campanha informativa à população de forma geral recomendando a procura de consultas regulares com médicos oftalmologistas para evitar os danos maiores do glaucoma: perda visual ou cegueira irreversível.
Helder Rondon Luz é médico oftalmologista e presidente da Associação Mato-Grossense de Oftalmologia

Opinião
Será que estou sendo vítima de Abuso Emocional?

Você já sentiu a sua alma encolher? Como se cada palavra dita, cada gesto feito, fosse uma armadilha invisível pronta para te ferir? Aquela sensação de estar sempre no fio da navalha, tentando decifrar o humor alheio para evitar a próxima tempestade? Minha alma se compadece ao imaginar que, talvez, você conheça essa dor íntima.
A dor de se perguntar, em silêncio: “Será que sou eu? Será que estou enlouquecendo?” Esse sussurro angustiante costuma ser o eco de um abuso emocional. E você não está sozinha nessa sombra.
Ele não chega com a força de um furacão, mas como a névoa que lentamente encobre a paisagem. De forma quase imperceptível, começa a te despir de si mesma. Primeiro, são as “brincadeiras” sobre sua inteligência, as críticas veladas à sua aparência, a desvalorização dos seus sonhos. Depois, a teia se aperta. Você passa a ser controlada, isolada, culpada por tudo. “Você é dramática demais”, “Ninguém vai te amar como eu”, “Você me faz ter essas reações.” Frases que se tornam feridas abertas, corroendo sua confiança, sua alegria.
Sua voz interior, antes tão clara, transforma-se num mero sussurro. Cala-se, anula-se, perde-se no labirinto de quem acredita que deveria ser para ele. O amor, que deveria ser um jardim florido, vira um deserto onde sua sede nunca é saciada.
É crucial que você entenda: essa dor não é um capricho seu. Esse nó na garganta não é invenção. O que você vive tem nome — e é uma das faces mais cruéis da violência: o abuso psicológico e emocional. Ninguém, jamais, tem o direito de roubar sua paz, de calar sua voz, de te fazer duvidar da mulher forte e inteira que você é. Ninguém.
Essa realidade tem nome, e, felizmente, também tem uma lei que a reconhece e combate. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é um farol para nós, mulheres. Ela define com clareza a violência psicológica como aquela que “cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.”
Veja bem: cada tentativa de te controlar, de te diminuir, de te fazer acreditar que você não vale nada, é uma violação do seu direito mais sagrado — o de ser você mesma, plena e livre. Se a pergunta “Será que estou sendo vítima de abuso emocional?” te persegue, é sua alma gritando por ajuda. Confie nessa voz, nessa intuição. Ela é a semente da sua verdade. Não se isole. Busque o abraço de uma amiga, a escuta de um psicólogo, ou o apoio de organizações especializadas em violência contra a mulher.
Saiba que existem mãos estendidas, corações abertos, prontos para te guiar para fora dessa névoa. Você merece um amor que regue sua alma, não que a seque. Um amor que celebre sua essência, que veja em você a beleza que o espelho, por vezes, esconde. Você merece sorrir de novo, sem medo.
É hora de desatar os nós, de reencontrar sua força, de florescer novamente. Sua paz não é negociável. Você não está sozinha. Em caso de violência, disque 180 ou procure a Delegacia da Mulher mais próxima.
Jacqueline Cândido de Souza é advogada, servidora pública e militante ativa na defesa dos direitos das mulheres e no enfrentamento da violência de gênero
-
Economia7 dias atrás
Acrimat vê exportação de carne de MT para os EUA inviabilizada e cobra atitude do Governo Federal
-
Economia3 dias atrás
Mato Grosso lidera produção nacional de arroz de sequeiro, aponta Anuário Brasileiro
-
Judiciário5 dias atrás
Justiça extingue punibilidade de empresário investigado na operação “Tríade” após cumprimento de acordo
-
Política5 dias atrás
Wellington propõe fim de recesso parlamentar para discutir taxação de Trump
-
Variedades3 dias atrás
Maiara se emociona com carinho do público cuiabano e compartilha momento nas redes
-
Variedades6 dias atrás
Baguncinha, o Festival: celebração de música e diversidade agita Arena Pantanal
-
Política4 dias atrás
Abílio vai à Câmara propor parcelar dívidas de R$ 723 milhões
-
Entretenimento5 dias atrás
Adolescência: o fenômeno britânico que está dominando a Netflix