Judiciário
Justiça envia ao STJ ação contra Silval, irmão e ex-secretários por propina de R$ 8 milhões
Judiciário

Conteúdo/ODOC – A juíza Alethea Assunção dos Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou o envio ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) de uma ação penal contra o ex-governador Silval Barbosa, os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf, Marcel de Cursi e outras três pessoas.
Eles são acusados de um suposto esquema de cobrança de R$ 8 milhões de propina em troca de benefícios fiscais, investigado na Operação Sodoma, deflagrada em 2015.
Na decisão, publicada nesta quinta-feira (7), a magistrada se declarou incompetente para julgar o caso após o restabelecimento do foro privilegiado de Silval, com base em nova jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme a juíza, como os crimes teriam ocorrido durante o exercício do cargo, a competência é do STJ.
Também são réus no processo o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”, o empresário Milton Luís Bellicanta e Antônio da Cunha Barbosa, irmão de Silval.
“A competência originária do Superior Tribunal de Justiça, portanto, deve ser reconhecida, evitando-se a perpetuação de uma tramitação processual em instância incompetente, o que poderia gerar nulidades e comprometer a validade dos atos praticados”, escreveu a magistrada.
“Diante do exposto, declaro a incompetência deste Juízo e declino de minha competência jurisdicional para conhecer, processar e julgar a presente ação penal e, por consequência, determino a remessa ao Superior Tribunal de Justiça”, decidiu.
A ação
Consta da denúncia que os acusados Silval da Cunha Barbosa, Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi, na condição de agentes públicos — respectivamente governador do Estado de Mato Grosso e secretários de Estado da Casa Civil e da Fazenda —, teriam solicitado vantagens indevidas no valor de R$ 8 milhões ao empresário Milton Bellincanta. Em troca, o grupo político se comprometeria a adotar medidas judiciais e administrativas para beneficiar as empresas Frialto e Nortão Indústria de Alimentos Ltda., por meio da fixação de alíquotas diferenciadas de ICMS.
A denúncia aponta ainda que Milton Bellincanta prometeu pagar à organização criminosa a quantia de R$ 5,6 milhões como contrapartida pelos favores recebidos.
O Ministério Público apurou que Bellincanta ocultou e dissimulou a origem e a natureza dos valores destinados ao grupo criminoso, utilizando-se da comercialização de gado, com orientação do então governador.
Além disso, Pedro Jamil Nadaf e Milton Bellincanta teriam confessado o pagamento de propina no valor de R$ 100 mil, realizado por meio de duas transferências bancárias. Para conferir aparência legal às transações, os valores foram camuflados como pagamento por serviços fictícios prestados pela empresa NBC Assessoria, Consultoria e Planejamento, pertencente a Nadaf.

Judiciário
Justiça Federal determina retirada de tornozeleira eletrônica de ex-secretário alvo de operação

Conteúdo/ODOC – A Justiça Federal determinou a retirada da tornozeleira eletrônica do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso, Nilton Borgato, réu pelos crimes de tráfico internacional de drogas e organização criminosa.
A decisão foi assinada pelo juiz Fábio Moreira Ramiro, da 12ª Vara Federal de Salvador, e publicada nesta quinta-feira (22).
Borgato estava sendo monitorado eletronicamente desde novembro de 2022, após ter sido solto.
Ele foi um dos alvos da Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal em abril daquele ano, que investigou uma organização criminosa acusada de enviar entorpecentes para a Europa. O ex-secretário foi apontando como um dos líderes do esquema.
Na solicitação pela retirada da tornozeleira, a defesa alegou excesso de prazo da medida, comportamento colaborativo com a Justiça, o estigma social causado pelo uso do dispositivo e, principalmente, a violação ao princípio da isonomia, já que outros corréus na ação já haviam obtido o mesmo benefício.
Ao analisar o caso, o juiz considerou que Borgato cumpriu rigorosamente todas as condições impostas durante o monitoramento.
A operação
A Operação Descobrimento cumpriu 43 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva no Brasil e em Portugal. No Brasil, os mandados foram cumpridos nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Rondônia e Pernambuco.
Além de Borgato, que foi preso em Cuiabá, a PF cumpriu mandados de prisão contra o lobista Rowles Magalhães, que foi preso em São Paulo, e a doleira Nelma Kodama, primeira delatora da Lava Jato, que chegou a ser condenada naquela operação. Atualmente, os três estão em liberdade provisória.
As investigações começaram após a apreensão de 535 kg de cocaína em um jato executivo pertencente a uma empresa portuguesa ligada a Rowles Magalhães, em fevereiro do ano passado, em Salvador.
Conforme a PF, a partir de então foi possível identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
-
Judiciário4 dias atrás
Justiça manda Energisa cancelar cobrança contra ex-sócia de empresa, mas nega indenização
-
Saúde3 dias atrás
Gripe: cidade de SP amplia vacinação para população acima de 6 meses
-
Política4 dias atrás
‘CPI não resolve nada’, afirma deputado de MT sobre CPMI para investigar rombo do INSS
-
Economia5 dias atrás
Daniel Vorcaro e a transformação do setor bancário brasileiro: consistência e novo protagonismo
-
Opinião3 dias atrás
Free Shops e desenvolvimento do Estado
-
Opinião6 dias atrás
Amor que acolhe, ação que transforma!
-
Esportes6 dias atrás
Cuiabá e Chapecoense se enfrentam nesta sexta-feira na Arena Condá pelo Brasileirão
-
Esportes6 dias atrás
Cuiabá sofre virada e perde para Chapecoense pela Série B; veja os lances