Economia
PGE e Defaz bloqueiam mais de R$ 230 milhões de grupo do agro em MT por sonegação fiscal
Economia

Em uma atuação de combate à sonegação fiscal, a Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso (PGE), por meio da recém-criada Coordenadoria de Inteligência, e a Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz) localizaram mais de R$ 100 milhões em ativos ocultos pertencentes a uma empresa do setor do agronegócio.
A operação é resultado direto do trabalho estratégico e integrado entre as instituições, que investigaram uma empresa suspeita de praticar crimes contra a ordem tributária e que também já era alvo de várias execuções fiscais ajuizadas pela PGE. A partir de ações de inteligência e aprofundadas análises, foi possível descobrir que os investigados ocultavam bens e formavam um grupo econômico que extrapolava as pessoas jurídicas e físicas formalmente conhecidas.
Com base nessas descobertas, a PGE ajuizou um incidente de desconsideração da personalidade jurídica, visando responsabilizar não apenas a empresa, mas também as pessoas físicas envolvidas. A Justiça acolheu o pedido, determinando a indisponibilidade de aproximadamente R$ 230 milhões em bens do grupo, garantindo a efetividade das cobranças fiscais e a recuperação do crédito público.
A Coordenadoria de Inteligência da PGE foi criada recentemente, em abril de 2024, justamente com o objetivo de fortalecer o combate à sonegação fiscal, promovendo a recuperação de ativos e a proteção do erário. A estrutura inovadora já mostra resultados expressivos e se consolida como referência nacional na repressão qualificada aos crimes contra a ordem tributária.
A atuação está alinhada também ao planejamento estratégico do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) do Estado de Mato Grosso, com atuação integrada de diversos órgãos estatais. Instituído por meio do Decreto nº 28/2015, o Cira é integrado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Secretaria de Estado de Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado e Controladoria-Geral do Estado. O comitê foi criado com a finalidade de propor medidas judiciais e administrativas para o aprimoramento das ações e efetividade na recuperação de ativos de titularidade do Estado.
O Governo do Estado de Mato Grosso reforça o compromisso com a justiça fiscal e a proteção dos recursos públicos, essenciais para o desenvolvimento econômico e social.

Economia
Mato Grosso lidera produção nacional de arroz de sequeiro, aponta Anuário Brasileiro

Mato Grosso se consolida como o maior produtor brasileiro de arroz de sequeiro, também conhecido como arroz de terras altas, segundo dados do Anuário Brasileiro do Arroz 2025, publicado pela Editora Gazeta. O levantamento, baseado em informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma o protagonismo mato-grossense nesse sistema produtivo, que vem ganhando destaque nas regiões centrais do país.
Na safra 2023/24, o estado produziu 337,6 mil toneladas de arroz exclusivamente no sistema de sequeiro, superando outras unidades da federação nessa modalidade. Mato Grosso também registrou a segunda maior expansão de área plantada do país: um aumento de 17,3%, chegando a 112,5 mil hectares cultivados.
De forma geral, o cultivo de arroz no Brasil apresentou recuperação após dois ciclos consecutivos de retração, especialmente em 2022/23. A área plantada total do cereal cresceu 8,7%, atingindo 1,61 milhão de hectares, enquanto a produção nacional teve um incremento de 5,5%, alcançando 10,6 milhões de toneladas, mesmo com uma leve queda de 2,9% na produtividade em razão de adversidades climáticas.
A secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Linacis Silva Vogel Lisboa, destacou que o crescimento do cultivo de arroz em áreas de terras altas representa mais do que um bom resultado de safra, é também uma estratégia para fortalecer a renda no campo.
“É um avanço na diversificação da produção do estado. Trabalhar essa diversificação aumenta a renda e gera uma nova oportunidade de rentabilidade para o produtor. O arroz de sequeiro vem justamente como uma das culturas de 2ª e 3ª safra e fortalece a rentabilidade do produtor”, afirmou.
Embora o arroz irrigado ainda represente a maior parte da produção nacional, com 92% do total colhido, o sistema de sequeiro apresentou crescimento mais expressivo na área plantada (12,7%, contra 5,6% do irrigado) na safra atual (2024/25), conforme dados preliminares da Conab. A produtividade média também tende a subir 5,7%, elevando a produção de arroz de sequeiro para cerca de 1 milhão de toneladas no país.
O bom desempenho do arroz de sequeiro reflete o fortalecimento de práticas como a rotação de culturas e o aproveitamento de áreas de terras altas, especialmente em estados como Mato Grosso, Goiás e Maranhão. Esses fatores, aliados a preços mais atrativos, vêm impulsionando os produtores a investir nesse modelo de cultivo, mais adaptado ao perfil agrícola do Centro-Oeste.
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