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Agricultura

Mapa climático da Embrapa redefine cultivo da batata no Brasil

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Agricultura


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta terça-feira (27.05) novas portarias que atualizam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a batata no Brasil, ferramenta que orienta o produtor sobre os períodos e locais com menor risco climático para o cultivo. Desenvolvido pela Embrapa com dados integrados e metodologias unificadas, o novo zoneamento cobre todo o território nacional e oferece projeções detalhadas por município.

O Brasil é o 5º maior produtor mundial de batata, com uma produção anual em torno de 3,5 milhões de toneladas, segundo dados recentes do IBGE. A cultura é cultivada principalmente em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, com produtividade média que varia em torno de 30 toneladas por hectare. Apesar disso, o setor enfrenta desafios climáticos importantes, como períodos de seca e excesso de chuvas, que afetam diretamente o rendimento e a qualidade do tubérculo.

O novo Zarc traz análises aprimoradas que consideram temperaturas extremas, precipitação e fatores como riscos de doenças favorecidas pelo encharcamento do solo. A ferramenta digitalizada permite que produtores consultem as melhores janelas de plantio e áreas de menor risco de perda, sinalizando variações de até 40% na probabilidade de insucesso.

Além de orientar o plantio, o zoneamento ajuda a identificar regiões com potencial para expansão da cultura, como áreas de altitude elevada na Bahia, antes pouco exploradas pela bataticultura. Essas regiões apresentam risco climático dentro dos parâmetros aceitos por programas de seguro rural e podem ser uma nova fronteira produtiva, desde que acompanhadas de análises sobre disponibilidade de água, mão-de-obra e logística.

Para o setor, o impacto esperado é uma maior segurança na produção, redução de perdas e possibilidade de aumento na área cultivada. Se o Brasil ampliar a área de batata em apenas 10% baseada nas orientações do novo zoneamento, a safra nacional poderia crescer em cerca de 350 mil toneladas, representando ganho significativo para um mercado que busca maior eficiência e competitividade, tanto para o mercado interno quanto para a indústria.

A batata tem ciclos distintos para o mercado fresco e para a indústria. No mercado fresco, a colheita ocorre em cerca de 90 dias para garantir aparência e qualidade visual, enquanto para a indústria o ciclo é mais longo, com colheita após 120 a 130 dias para atingir maior matéria seca e crocância. O Zarc não diferencia cultivares específicas, focando nas condições climáticas e no manejo adotado.

Pesquisadores da Embrapa Clima Temperado e da Embrapa Agricultura Digital coordenaram o estudo, em parceria com a Associação Brasileira da Batata (ABBA). A iniciativa reforça o compromisso com a inovação agrícola e o desenvolvimento sustentável do setor.

Fonte: Pensar Agro



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Safra recorde de milho impulsiona investimentos e geração de empregos

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A safra 2023/2024 marcou um feito inédito para o Tocantins: a maior colheita de milho da história do estado. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram produzidas aproximadamente 2,212 milhões de toneladas, o que representa um crescimento expressivo de 56% em comparação à temporada anterior.

O resultado é atribuído a uma combinação de fatores, que vão desde o clima favorável até o uso crescente de tecnologias no campo. A área plantada também aumentou, saltando de 373 mil para 405 mil hectares, enquanto a produtividade média chegou a 5.462 quilos por hectare — o maior índice já registrado no estado.

“Essa performance excepcional tem relação direta com o bom regime de chuvas e temperaturas amenas nos períodos mais sensíveis do ciclo, como o florescimento e o enchimento dos grãos”, explica Thadeu Teixeira Júnior, engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro).

Para além das condições climáticas, o avanço da agricultura tocantinense também reflete um processo de modernização acelerada. O uso de sementes geneticamente melhoradas, fertilizantes de alta eficiência e práticas de manejo mais sustentáveis tem garantido safras cada vez mais produtivas.

O investimento em tecnologias voltadas à conservação do solo e à gestão racional da água também tem se tornado parte da rotina nas propriedades rurais, o que contribui para a resiliência e sustentabilidade da produção.

Com a supersafra consolidada, o Tocantins começa a transformar parte dessa produção em produtos de maior valor agregado. Uma das iniciativas em destaque é a implantação de uma usina de etanol de milho no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, prevista para entrar em operação ainda em 2025. Além do biocombustível, a unidade também produzirá DDG (grãos secos por destilação), um insumo proteico utilizado na nutrição animal.

“O aproveitamento do milho para a produção de DDG vai fortalecer diretamente a cadeia da pecuária, com reflexos positivos para todo o setor agropecuário”, observa Teixeira Júnior.

Outro projeto de grande porte já confirmado é a construção da planta industrial da Tocantins Bioenergia, no município de Miranorte. Com investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, o empreendimento deve iniciar suas atividades em 2027, gerando cerca de 500 empregos diretos e contribuindo com mais de R$ 100 milhões anuais em tributos estaduais.

Essa movimentação sinaliza o início de um novo ciclo para o estado, no qual a produção de milho vai além da exportação de grão e passa a integrar uma cadeia de transformação mais ampla, com ganhos econômicos e sociais para diversas regiões tocantinenses.

Com uma safra histórica, tecnologia no campo e indústrias em implantação, o Tocantins reforça sua posição como um dos principais protagonistas do agronegócio brasileiro. A sinergia entre produção agrícola e industrialização projeta um cenário favorável de longo prazo, com geração de empregos, aumento de renda e fortalecimento da economia regional.

Fonte: Pensar Agro



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