Agricultura
CNA pede investigação contra boicote francês à carne do Brasil
Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou nesta terça-feira (27.05) uma petição formal à Comissão Europeia, em Bruxelas, pedindo a abertura de uma investigação contra quatro grandes redes de supermercados da França por supostas práticas anticoncorrenciais contra produtos brasileiros, especialmente a carne.
O pedido se refere a declarações feitas em novembro de 2024 por Carrefour, Les Mousquetaires, E. Leclerc e Coopérative U (relembre aqui). As redes anunciaram que deixariam de vender carne proveniente do Mercosul, alegando preocupações ambientais e sanitárias. Juntas, elas controlam 75% do mercado varejista francês.
Segundo a CNA, os anúncios foram coordenados e levantaram “preocupações infundadas” sobre a segurança e a qualidade da carne brasileira — apesar de o produto atender integralmente aos padrões europeus de segurança alimentar. A entidade alega que a conduta pode ter violado as regras de concorrência da União Europeia ao restringir o acesso de fornecedores do Brasil e do Mercosul ao mercado europeu.
O documento apresentado pela CNA pede uma investigação formal, retratações públicas, sanções financeiras proporcionais e o fim das práticas de boicote. A entidade também aponta que o episódio pode ter prejudicado as negociações do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, ao enfraquecer o papel da Comissão Europeia como mediadora.
A origem da crise remonta a uma publicação feita pelo presidente do Carrefour, Alexandre Bompard, em uma rede social. Ele afirmou que a rede deixaria de comercializar carne importada do Mercosul. A declaração foi seguida por manifestações semelhantes de outras varejistas. No Brasil, a reação foi rápida: frigoríficos suspenderam entregas ao grupo Carrefour, incluindo lojas do Atacadão e do Sam’s Club.
Após a repercussão negativa, o embaixador francês em Brasília intercedeu e, no fim de novembro, o Carrefour enviou uma carta de retratação ao Ministério da Agricultura brasileiro.
A CNA afirma ter “preocupações legítimas” com o impacto das ações francesas sobre os esforços para ampliar a abertura comercial entre os blocos e defende que medidas como essa ferem o espírito de competitividade e cooperação que o acordo UE-Mercosul busca estabelecer.
Fonte: Pensar Agro

Agricultura
Safra recorde de milho impulsiona investimentos e geração de empregos

A safra 2023/2024 marcou um feito inédito para o Tocantins: a maior colheita de milho da história do estado. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram produzidas aproximadamente 2,212 milhões de toneladas, o que representa um crescimento expressivo de 56% em comparação à temporada anterior.
O resultado é atribuído a uma combinação de fatores, que vão desde o clima favorável até o uso crescente de tecnologias no campo. A área plantada também aumentou, saltando de 373 mil para 405 mil hectares, enquanto a produtividade média chegou a 5.462 quilos por hectare — o maior índice já registrado no estado.
“Essa performance excepcional tem relação direta com o bom regime de chuvas e temperaturas amenas nos períodos mais sensíveis do ciclo, como o florescimento e o enchimento dos grãos”, explica Thadeu Teixeira Júnior, engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro).
Para além das condições climáticas, o avanço da agricultura tocantinense também reflete um processo de modernização acelerada. O uso de sementes geneticamente melhoradas, fertilizantes de alta eficiência e práticas de manejo mais sustentáveis tem garantido safras cada vez mais produtivas.
O investimento em tecnologias voltadas à conservação do solo e à gestão racional da água também tem se tornado parte da rotina nas propriedades rurais, o que contribui para a resiliência e sustentabilidade da produção.
Com a supersafra consolidada, o Tocantins começa a transformar parte dessa produção em produtos de maior valor agregado. Uma das iniciativas em destaque é a implantação de uma usina de etanol de milho no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, prevista para entrar em operação ainda em 2025. Além do biocombustível, a unidade também produzirá DDG (grãos secos por destilação), um insumo proteico utilizado na nutrição animal.
“O aproveitamento do milho para a produção de DDG vai fortalecer diretamente a cadeia da pecuária, com reflexos positivos para todo o setor agropecuário”, observa Teixeira Júnior.
Outro projeto de grande porte já confirmado é a construção da planta industrial da Tocantins Bioenergia, no município de Miranorte. Com investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, o empreendimento deve iniciar suas atividades em 2027, gerando cerca de 500 empregos diretos e contribuindo com mais de R$ 100 milhões anuais em tributos estaduais.
Essa movimentação sinaliza o início de um novo ciclo para o estado, no qual a produção de milho vai além da exportação de grão e passa a integrar uma cadeia de transformação mais ampla, com ganhos econômicos e sociais para diversas regiões tocantinenses.
Com uma safra histórica, tecnologia no campo e indústrias em implantação, o Tocantins reforça sua posição como um dos principais protagonistas do agronegócio brasileiro. A sinergia entre produção agrícola e industrialização projeta um cenário favorável de longo prazo, com geração de empregos, aumento de renda e fortalecimento da economia regional.
Fonte: Pensar Agro
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